sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

“Quem poderá nos defender?”


 

Novas pesquisas divulgam que a violência nas escolas aumenta assustadoramente. As estatísticas, em relação aos anos anteriores, demonstram que essa violência não surge, nem se finda em sala de aula.
A Indisciplina e o desrespeito se arrastam há anos, sob descontrole e agressões (verbais ou físicas) dos alunos para com os professores. Quem são os culpados por tanta violência?
Com a modernidade, as transformações no mundo seriam inevitáveis. Sendo assim, com a globalização a questão educacional sofrera os males contemporâneos, ou seja, os que possuíam a tarefa de transmitir, de geração em geração, valores tais como: morais,éticos e conhecimento social;Falta tempo para as famílias (e seus membros) relacionarem-se de maneira salutar,disseminando assim , uma onda de transferência de responsabilidade na educação dos seus filhos.Fica a discussão de que seria justo a Escola assumir o papel, que é da família,como por exemplo estabelecer limites?A responsabilidade dessa tarefa recai aos professores e/ou Escola. Fatos como esses relatados, elevam a categoria a ser considerada uma das mais estressadas.
É preciso que família, Escola e sociedade comprometam-se com a causa educacional, além da vontade do Governo. Só assim, a qualidade do ensino no País poderá ser melhorada.

 E um país que não leva a sério a educação, isso é mais do que sabido, não se desenvolve, não cresce como deveria, e abre espaço para que a violência cresça de forma cada vez mais acelerada.”

Veja o que diz Daniel Marujo ( Doutorando em Ciência da Educação)  sobre o assunto:

É PROIBIDO PROIBIR!
                Dias atrás ouvi relatos de uma experiência profissional um tanto quanto desagradável, como tantas outras que vemos em nosso dia a dia, comprovando a fragilidade do nosso Sistema Educacional. Alunos de  determinada Escola, em um ato de imaturidade, destempero e/ou qualquer outra palavra que demonstre tal atitude, soltaram “bombas” e sinalizadores dentro da própria Escola.
            Fato lamentável e desagradável para nós, cidadãos que temos como principio ético, e moral, não somente o dever, mas também a árdua tarefa de educar. Perplexo, até agora não consigo entender de onde vem essa atitude dos alunos. Não é cabível, mas se dissessem que foi um ato de um grupo de alunos de uma Escola afrontando alunos de outras Escolas, poderíamos partir da análise de um confronto anterior, ou uma provocação, mas dentro da própria escola? O que pensar nesse caso? Seria vontade de extravasar, de aparecer, de questionar um modelo de gestão vigente? Ou seria pura e simplesmente vontade de mostrar a falta de limites em que os mesmos se encontram? Após os gritos e sorrisos de comemoração com o ocorrido, prefiro pautar minha fala sobre essa hipótese.
            Nossa lei privilegia e respalda tais atitudes, visto que os mesmos não podem sofrer nenhum tipo de “constrangimento” no âmbito escolar. Isso significa que não podemos suspender, expulsar ou tomar qualquer atitude enérgica com os alunos e mesmo que ocorram fatos inaceitáveis como o relatado, podemos no máximo repreender. E tem mais, não podemos esquecer que eles devem voltar logo para a sala, porque educação é um direito assistido pela Constituição e eles não podem ser privados desse direito!Coitadinho dos nossos alunos...
Em casos assim, devemos assumir mais ainda a postura de educadores, mesma que seja muito difícil, e intervir somente através de medidas educativas. Medidas educativas? Quais seriam essas? Sentar e apenas conversar, para que quem sabe esses “seres em formação” entendam a gravidade de tal situação. Mas, se devemos estar eternamente em formação, então como faremos? Faremos da forma como o Sistema Educacional, cada vez mais, deixa claro para os alunos, que soltar bombas, pichar a escola, ameaçar e ofender outros alunos e professores é valido, mas repreender de forma mais severa é inadmissível!
Em uma de suas obras mais conhecidas, de tema Vigiar e Punir, Foucault demonstra a forma repressiva exercida de um grupo sobre os demais, explicitando a relação conhecimento/poder. Nossos alunos possuem o conhecimento de que suas atitudes não precisam ser medidas, visto que o poder está suas mãos!
Devemos apenas nos entristecer em situações como a relatada anteriormente, visto que estamos de mãos e pés atados, pelos alunos e pelas legislações vigentes no que tange a Educação. E o que fazer em casos como esse? Até quando veremos nossos alunos mandarem e desmandarem nas escolas, e  pior, apoiados sobre a Lei? Ao analisar o Estatuto da Criança e do Adolescente percebi que realmente, a Lei é muito afável com os alunos.
Já no Art. 1º a Lei já diz que devemos proteger integralmente nossas crianças e adolescentes, independente do que aconteça. Independente do que aconteça quer dizer que eles podem ter quaisquer atitudes e nós devemos aceitá-las?
O Art. 4º trata dos deveres de toda a sociedade em assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Ou seja, todos os deveres são da sociedade, mas e os deveres dos mesmos, onde ficam? Nem ao menos são relatados...
Mais adiante, o Art. 53 discursa sobre o direito à educação, que visa o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Isso significa que quando os mesmos adotam atitudes rebeldes e/ou até mesmo vândalas, a culpa é nossa, já que não os preparamos para serem cidadãos, visto que os mesmos não têm o dever de serem cidadãos descentes, éticos e de boas condutas, esse dever é nosso!
É uma pena a Educação ter chegado a esse ponto. Talvez essa seja uma das respostas da dificuldade que tanto afligem os cursos de Graduação voltados para Licenciatura que, em todos os semestres, encontram muitas dificuldades para formarem turmas. O fato é que após aprontarem uma vida toda nas escolas, quem vai querer assumir o papel de oprimido, quando ser opressor é muito mais legal? Pensando bem, eu “devo” estar errado ao pensar assim, já que posso estar ferindo os direitos dos coitados dos nossos alunos de se expressarem e demonstrarem por meio de atitudes, mesmo que às vezes parecem até um pouco “explosivas” seus descontentamentos ou até mesmo suas vontades.
Apesar de ser quase humanamente impossível, não podemos nos entristecer com a situação em que nos encontramos graças ao nosso Sistema Educacional vigente, mas sim devemos agradecer diariamente aos nossos alunos. Como assim agradecer aos alunos?
Agradecer não como antes quando os mesmos faziam seus educadores felizes pela relação positiva do ensino-aprendizagem, por mesmo após uma longa e cansativa jornada de trabalho, chegar em casa satisfeitos pelo dia produtivo e também pelo convívio, tampouco pela vontade de outrora que os mesmos tinham em estudarem cada vez mais e por buscarem a dádiva da Educação, que se chama conhecimento.
Devemos agradecer, e a cada dia mais, aos alunos por nos deixarem voltar para casa, ilesos fisicamente, mesmo que tenhamos sido muito feridos psicologicamente e até mesmo moralmente, em nosso ambiente tido por muitos como “sadio” que tem como principal objetivo à disseminação da Educação, mesmo que seja cada vez mais marcado pela incerteza e pela opressão.
Obrigado aos meus “queridos” alunos por mais um dia...
                                                      
Prof. Daniel B. Marujo
Doutorando em Educação
Mestre em Ensino em Ciências da Saúde

domingo, 12 de setembro de 2010

Aos que provocam fome

" Os cozinheiros que não levam a sério a importância do prazer na comida que servem, logo perdem o emprego.
   Infelizmente, entretanto, o mesmo não acontece com os professores e filósofos.
   Quando o aluno não aprende, o culpado é sempre o estômago do aluno, que é acusado de incompetência digestiva."
Crônicas Rubem Alves

"Certas atitudes mudam o rumo da história, outras mudam a história de quem tem a vida pela frente"

E assim:
" A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar a faca e o queijo aos alunos, deve provocar a fome..."
Rubem Alves

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tendo a Lua - Paralamas

  Ao falarmos em linguagem, destaco a linguagem religiosa.Antes de ser uma linguagem da razão, é também a linguagem do coração, ou pelo menos, fala ao coração. A fé não é algo apenas racional, mas irracional.
  Na Metafísica as representações como Deus/mundo,  alma/corpo; quase como uma fusão entre ela (metafísica) e mitologia, ou seja , algumas realidades não cabem numa linguagem convencional. Tentar superar o abstrato e o empírico como fizeram alguns filósofos e teólogos.
 Ressalto a melhor das superações  " a poesia " , ao refletir as doces palavras do compositor brasileiro Hebert Viana " o céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu"... hoje é cientifíco, amanhã mitológico e vice- versa.

Enquete da Semana

Você sabe quem foi  ISÓCRATES?

Livro da Semana

O Desejo 
Camille Dumoulié

Sinopse

  O Livro é, indubitavelmente, um conflito existencial humano.O lugar de destaque é comprovado.
  O Professor Camille é especialista em falar de desejo, mas as virtudes do livro o fazem merecedor de destaque.
  Tal tema é um dos mais controversos da Filosofia,pois busca preparar-nos para uma análise do desejo em nossa sociedade que é altamente consumista e influenciada pela mídia.
  A obra divide-se em três partes:o desejo do SER;O desejo do HOMEM e o SER do DESEJO.
  A reflexão de primeira parte é rica e dedica-se na exposição das origens do DESEJO na Filosofia à luz da Psicanálise, a partir das visões de Freud e Lacan.Já na segunda parte, o autor discorre sobre a demonização do desejo, através de ninguém menos que Tomás de Aquino.
  A terceira parte do livro tem a função de complementaridade, onde o autor faz uma análise de mecanismos do desejo, tais como:inveja, ciúme, a lei,a sublimação.
  A leitura da Obra é bem vinda para entendermos o domínio da cultura capitalista imposta pela mídia.

sábado, 21 de agosto de 2010

Clássicos

     A Literatura Infantil, deveria iniciar o homem no contexto literário, deveria ser utilizada como instrumento para sensibilização,o que não acontece.Sendo assim, ao investirmos na relação entre a interpretação do texto e a realidade,optemos por obras infantis que abordem coisas do nosso tempo,  inerentes ao ser humano e problemas universais. Caso contrário, não contribuiremos, nem formaremos cidadãos críticos e capazes de interagir com o meio de forma mais consciente e democrática.   

BELEZA NEGRA - A "autobiografia" de um cavalo, um clássico de todos os tempos

Anna Sewell

        Beleza Negra , um lindo cavalo que sofre de mão em mão. Pessoas ignorantes ou cruéis o maltratam, troca de dono várias vezes .A história acontece na Inglaterra ;Surgem as mais diversas funções e um dia resolve escrever sua "autobiografia. Escrito por Anna Sewell que pretendia denunciar atos cruéis , cometidos contra os cavalos e sensibilizar a sociedade de sua época a tratar melhor os animais.A maior popularidade do livro ocorreu com o público infanto/juvenil.

Vale a pena conferir!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palestra no CDG

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE DO PROFESSOR E AS DISTORÇÕES NA PRÁTICA DA PROFISSÃO


Data: 10/6/2007

Confunde-se personalidade com algo que se tem, quando, na realidade, personalidade é o que resulta de tudo aquilo que se é. Ainda mais, a personalidade é a construção sistemática da nossa singularidade, que se desdobra em um processo interminável.

A personalidade é, portanto, a conjunção de tudo o que compõe a pessoa humana: o físico, o mental, o espiritual e o social. É, dessa forma, um processo histórico, o que significa, um processo marcadamente individual

A educação é um lugar de partilha e não de exclusão. É o “não-saber” do aluno o contexto de atuação do professor. Por essa razão, espera-se do professor sentir-se adequado e confortável descobrindo-se instrumento de crescimento para o outro. A título de exemplo, mencionarei apenas algumas características mais comuns e que compõem a personalidade de um percentual representativo de professores.



Novamente esbarramos em uma contingência de trabalhosa solução. Somos empurrados e, mesmo, constrangidos, a trabalhar com nossos alunos de uma forma padronizada: no tempo, na mensuração da aprendizagem, na conduta corporal e, por aí adiante.

É verdade que todo conteúdo exige uma forma, mas a forma não pode desconsiderar a individualidade sem que seja uma exigência injusta e desumana.



Os ritmos são diferentes por serem individuais. No processo pedagógico, das injustiças, talvez a mais cruel seja a desconsideração do ritmo de cada aluno, não somente no aspecto psicomotor, mas a tudo o que diz respeito aos movimentos da interioridade de cada um. Nunca poderemos esquecer que é a interação entre os ritmos individuais que constrói a teia das relações interpessoais.



Impulsividade



Vinculada ao temperamento pessoal e às aprendizagens, a impulsividade tem abortado muitos projetos educativos. Há coisas que, apesar de serem permitidas pela lei, não poderemos fazê-las se não têm validade ética para nós. Outras coisas há que não deverei fazê-las, porque depois de fazê-las não mais terei condição de viver em harmonia comigo mesmo.



Autoridade



Força e poder não são a mesma coisa. Às vezes a força pode, mas o poder não deve e não pode. É por isso que a autoridade está ligada ao ser e não ao ter. Ser autoridade suplanta o ter autoridade.

A grande angústia do educador é perceber que, às vezes, o eu-quero está separado do eu-posso. Este é o nosso limite, que mostra os contornos de nossa humanidade.

Nada mais apropriado do que concluir com uma observação de H. Arendt: “À medida que os pais e os professores falham como autoridade, a criança se ajustará mais fortemente ao seu próprio grupo e em certas condições o grupo de pares se tornará a sua suprema autoridade” (ARENDT, Responsabilidade e julgamento, p. 281).



Enfim, quando consideramos a relação professor-aluno do ponto de vista da aprendizagem, em função da personalidade do professor, concluímos que aprendemos melhor quando admiramos quem ensina.

Retirado em: www.luizschettini.psc.br/noticias2.asp?codigo=25 em:18/08/2010





    Ao longo de minha trajetória profissional,poucas foram as oportunidades de reflexão tão valorosa com abordagens filosóficas e metodológicas;à luz de análises do processo de personalização do professor.Tais estudos, apenas me conferem a certeza de que , epistemologicamente, o objetivo maior do connhecimento científico reside em orientar ações humanas transformadoras da realidade,e, sendo dessa forma,não poderia deixar de mencionar tamanho potencial educativo qualificador do trabalho conferido pelo Professor Luiz Schettini, no Colégio Diocesano de Garanhuns.Ao passo que agradeço ao diretor da referida Instituição a oportunidade de tão rico momento.

domingo, 15 de agosto de 2010

Mulheres no comando!

      Em se tratando das cantigas de escárnio e maldizer , enquanto gênero de poesia pertencente à Idade Média, há que se mencionar a íntima ligação com a música, composta para ser cantada ou entoada. Encontra expressão em meados de 1189 e 1385; são escritas em galego-português; a principal característica dessas cantigas, assim como todos os textos (populares) é a sátira ou crítica. Percebe-se também que tais cíticas dirigiam-se, geralmente , a alguém próximo, pessoa do circulo social do trovador. Funcionam como relatos de costumes da época. Quanto à linguagem, manifesta-se de maneira vulgar, demonstradas através da forma direta em relação a segunda pessoa do discurso,de forma agressiva e/ou irônica.Podem apresentar disputas, sejam nas políticas, sejam nas questões de gênero.
      Na letra da música que segue abaixo, o homem se propõe a louvar as grandes qualidades de sua amada, ao passo que imputa culpabilidade na mulher.A mulher é a perdição, há sutil diferença entre o terceiro e o primeiro verso. Tal semelhança da letra DONA, nos remete ao contexto histórico do TROVADORISMO, onde as cantigas tematizam a confissão do homem em relação a uma mulher, ele lamenta seu sofrimento, fala, através do “eu-lírico” masculino,posicionando-se  de forma inferior em relação à mulher. A referida letra,composta por Sá e Guarabira, a palavra SENHORA é substituída por DONA(minha senhora).Retrata também, A situação de um amor impossível, pois a mulher a  quem se dirige o eu - lírico é comprometida ou pertence a uma classe social superior. Ela sempre é a Dona (a palavra Dona procede do latim domina, palavra esta que resulta, em português no  verbo dominar )e a declaração amorosa (em linguagem rebuscada) do trovador , obedecendo a  determinadas convenções conhecidas como amor cortês (cortês- refere-se à corte ).
    Ocorrendo,então, formas literárias conhecidas como cantigas de amor, escarnio e  maldizer.Salientando,a bem da verdade, que mesmo em suas diferenças tais modalidades originaram-se na própria CANTIGA DE AMOR. O moderno que retrata o antigo?Ou será mera coincidência?




Dona


Roupa Nova

Composição: Sá & Guarabyra

Dona desses traiçoeiros

Sonhos sempre verdadeiros

Oh! Dona desses animais

Dona dos seus ideais



Pelas ruas onde andas

Onde mandas todos nós

Somos sempre mensageiros

Esperando tua voz



Teus desejos, uma ordem

Nada é nunca, nunca é não

Porque tens essa certeza

Dentro do teu coração



Tan, tan, tan, batem na porta

Não precisa ver quem é

Pra sentir a impaciência

Do teu pulso de mulher



Um olhar me atira à cama

Um beijo me faz amar

Não levanto, não me escondo

Porque sei que és minha

Dona!!!



Dona desses traiçoeiros

Sonhos sempre verdadeiros

Oh! Dona desses animais

Dona dos seus ideais



Não há pedra em teu caminho

Não há ondas no teu mar

Não há vento ou tempestade

Que te impeçam de voar



Entre a cobra e o passarinho

Entre a pomba e o gavião

Ou teu ódio ou teu carinho

Nos carregam pela mão



É a moça da Cantiga

A mulher da Criação

Umas vezes nossa amiga

Outras nossa perdição



O poder que nos levanta

A força, que nos faz cair

Qual de nós ainda não sabe

Que isso tudo te faz

Dona! Dona!

Dona! Dona! Dona!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Gritar em silêncio

Uso o Silêncio para compor minhas emoções

Meu coração é grande demais

Só no silêncio me escuto, me encontro

Nele a verdadeira emoção grita

Amo a Paz que só o silenciar desperta

Dizer sem falar,calar sem querer, morrendo e vivendo por dentro



Simplesmente-Gê