sábado, 21 de agosto de 2010

Clássicos

     A Literatura Infantil, deveria iniciar o homem no contexto literário, deveria ser utilizada como instrumento para sensibilização,o que não acontece.Sendo assim, ao investirmos na relação entre a interpretação do texto e a realidade,optemos por obras infantis que abordem coisas do nosso tempo,  inerentes ao ser humano e problemas universais. Caso contrário, não contribuiremos, nem formaremos cidadãos críticos e capazes de interagir com o meio de forma mais consciente e democrática.   

BELEZA NEGRA - A "autobiografia" de um cavalo, um clássico de todos os tempos

Anna Sewell

        Beleza Negra , um lindo cavalo que sofre de mão em mão. Pessoas ignorantes ou cruéis o maltratam, troca de dono várias vezes .A história acontece na Inglaterra ;Surgem as mais diversas funções e um dia resolve escrever sua "autobiografia. Escrito por Anna Sewell que pretendia denunciar atos cruéis , cometidos contra os cavalos e sensibilizar a sociedade de sua época a tratar melhor os animais.A maior popularidade do livro ocorreu com o público infanto/juvenil.

Vale a pena conferir!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palestra no CDG

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE DO PROFESSOR E AS DISTORÇÕES NA PRÁTICA DA PROFISSÃO


Data: 10/6/2007

Confunde-se personalidade com algo que se tem, quando, na realidade, personalidade é o que resulta de tudo aquilo que se é. Ainda mais, a personalidade é a construção sistemática da nossa singularidade, que se desdobra em um processo interminável.

A personalidade é, portanto, a conjunção de tudo o que compõe a pessoa humana: o físico, o mental, o espiritual e o social. É, dessa forma, um processo histórico, o que significa, um processo marcadamente individual

A educação é um lugar de partilha e não de exclusão. É o “não-saber” do aluno o contexto de atuação do professor. Por essa razão, espera-se do professor sentir-se adequado e confortável descobrindo-se instrumento de crescimento para o outro. A título de exemplo, mencionarei apenas algumas características mais comuns e que compõem a personalidade de um percentual representativo de professores.



Novamente esbarramos em uma contingência de trabalhosa solução. Somos empurrados e, mesmo, constrangidos, a trabalhar com nossos alunos de uma forma padronizada: no tempo, na mensuração da aprendizagem, na conduta corporal e, por aí adiante.

É verdade que todo conteúdo exige uma forma, mas a forma não pode desconsiderar a individualidade sem que seja uma exigência injusta e desumana.



Os ritmos são diferentes por serem individuais. No processo pedagógico, das injustiças, talvez a mais cruel seja a desconsideração do ritmo de cada aluno, não somente no aspecto psicomotor, mas a tudo o que diz respeito aos movimentos da interioridade de cada um. Nunca poderemos esquecer que é a interação entre os ritmos individuais que constrói a teia das relações interpessoais.



Impulsividade



Vinculada ao temperamento pessoal e às aprendizagens, a impulsividade tem abortado muitos projetos educativos. Há coisas que, apesar de serem permitidas pela lei, não poderemos fazê-las se não têm validade ética para nós. Outras coisas há que não deverei fazê-las, porque depois de fazê-las não mais terei condição de viver em harmonia comigo mesmo.



Autoridade



Força e poder não são a mesma coisa. Às vezes a força pode, mas o poder não deve e não pode. É por isso que a autoridade está ligada ao ser e não ao ter. Ser autoridade suplanta o ter autoridade.

A grande angústia do educador é perceber que, às vezes, o eu-quero está separado do eu-posso. Este é o nosso limite, que mostra os contornos de nossa humanidade.

Nada mais apropriado do que concluir com uma observação de H. Arendt: “À medida que os pais e os professores falham como autoridade, a criança se ajustará mais fortemente ao seu próprio grupo e em certas condições o grupo de pares se tornará a sua suprema autoridade” (ARENDT, Responsabilidade e julgamento, p. 281).



Enfim, quando consideramos a relação professor-aluno do ponto de vista da aprendizagem, em função da personalidade do professor, concluímos que aprendemos melhor quando admiramos quem ensina.

Retirado em: www.luizschettini.psc.br/noticias2.asp?codigo=25 em:18/08/2010





    Ao longo de minha trajetória profissional,poucas foram as oportunidades de reflexão tão valorosa com abordagens filosóficas e metodológicas;à luz de análises do processo de personalização do professor.Tais estudos, apenas me conferem a certeza de que , epistemologicamente, o objetivo maior do connhecimento científico reside em orientar ações humanas transformadoras da realidade,e, sendo dessa forma,não poderia deixar de mencionar tamanho potencial educativo qualificador do trabalho conferido pelo Professor Luiz Schettini, no Colégio Diocesano de Garanhuns.Ao passo que agradeço ao diretor da referida Instituição a oportunidade de tão rico momento.

domingo, 15 de agosto de 2010

Mulheres no comando!

      Em se tratando das cantigas de escárnio e maldizer , enquanto gênero de poesia pertencente à Idade Média, há que se mencionar a íntima ligação com a música, composta para ser cantada ou entoada. Encontra expressão em meados de 1189 e 1385; são escritas em galego-português; a principal característica dessas cantigas, assim como todos os textos (populares) é a sátira ou crítica. Percebe-se também que tais cíticas dirigiam-se, geralmente , a alguém próximo, pessoa do circulo social do trovador. Funcionam como relatos de costumes da época. Quanto à linguagem, manifesta-se de maneira vulgar, demonstradas através da forma direta em relação a segunda pessoa do discurso,de forma agressiva e/ou irônica.Podem apresentar disputas, sejam nas políticas, sejam nas questões de gênero.
      Na letra da música que segue abaixo, o homem se propõe a louvar as grandes qualidades de sua amada, ao passo que imputa culpabilidade na mulher.A mulher é a perdição, há sutil diferença entre o terceiro e o primeiro verso. Tal semelhança da letra DONA, nos remete ao contexto histórico do TROVADORISMO, onde as cantigas tematizam a confissão do homem em relação a uma mulher, ele lamenta seu sofrimento, fala, através do “eu-lírico” masculino,posicionando-se  de forma inferior em relação à mulher. A referida letra,composta por Sá e Guarabira, a palavra SENHORA é substituída por DONA(minha senhora).Retrata também, A situação de um amor impossível, pois a mulher a  quem se dirige o eu - lírico é comprometida ou pertence a uma classe social superior. Ela sempre é a Dona (a palavra Dona procede do latim domina, palavra esta que resulta, em português no  verbo dominar )e a declaração amorosa (em linguagem rebuscada) do trovador , obedecendo a  determinadas convenções conhecidas como amor cortês (cortês- refere-se à corte ).
    Ocorrendo,então, formas literárias conhecidas como cantigas de amor, escarnio e  maldizer.Salientando,a bem da verdade, que mesmo em suas diferenças tais modalidades originaram-se na própria CANTIGA DE AMOR. O moderno que retrata o antigo?Ou será mera coincidência?




Dona


Roupa Nova

Composição: Sá & Guarabyra

Dona desses traiçoeiros

Sonhos sempre verdadeiros

Oh! Dona desses animais

Dona dos seus ideais



Pelas ruas onde andas

Onde mandas todos nós

Somos sempre mensageiros

Esperando tua voz



Teus desejos, uma ordem

Nada é nunca, nunca é não

Porque tens essa certeza

Dentro do teu coração



Tan, tan, tan, batem na porta

Não precisa ver quem é

Pra sentir a impaciência

Do teu pulso de mulher



Um olhar me atira à cama

Um beijo me faz amar

Não levanto, não me escondo

Porque sei que és minha

Dona!!!



Dona desses traiçoeiros

Sonhos sempre verdadeiros

Oh! Dona desses animais

Dona dos seus ideais



Não há pedra em teu caminho

Não há ondas no teu mar

Não há vento ou tempestade

Que te impeçam de voar



Entre a cobra e o passarinho

Entre a pomba e o gavião

Ou teu ódio ou teu carinho

Nos carregam pela mão



É a moça da Cantiga

A mulher da Criação

Umas vezes nossa amiga

Outras nossa perdição



O poder que nos levanta

A força, que nos faz cair

Qual de nós ainda não sabe

Que isso tudo te faz

Dona! Dona!

Dona! Dona! Dona!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Gritar em silêncio

Uso o Silêncio para compor minhas emoções

Meu coração é grande demais

Só no silêncio me escuto, me encontro

Nele a verdadeira emoção grita

Amo a Paz que só o silenciar desperta

Dizer sem falar,calar sem querer, morrendo e vivendo por dentro



Simplesmente-Gê