terça-feira, 17 de agosto de 2010

Palestra no CDG

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE DO PROFESSOR E AS DISTORÇÕES NA PRÁTICA DA PROFISSÃO


Data: 10/6/2007

Confunde-se personalidade com algo que se tem, quando, na realidade, personalidade é o que resulta de tudo aquilo que se é. Ainda mais, a personalidade é a construção sistemática da nossa singularidade, que se desdobra em um processo interminável.

A personalidade é, portanto, a conjunção de tudo o que compõe a pessoa humana: o físico, o mental, o espiritual e o social. É, dessa forma, um processo histórico, o que significa, um processo marcadamente individual

A educação é um lugar de partilha e não de exclusão. É o “não-saber” do aluno o contexto de atuação do professor. Por essa razão, espera-se do professor sentir-se adequado e confortável descobrindo-se instrumento de crescimento para o outro. A título de exemplo, mencionarei apenas algumas características mais comuns e que compõem a personalidade de um percentual representativo de professores.



Novamente esbarramos em uma contingência de trabalhosa solução. Somos empurrados e, mesmo, constrangidos, a trabalhar com nossos alunos de uma forma padronizada: no tempo, na mensuração da aprendizagem, na conduta corporal e, por aí adiante.

É verdade que todo conteúdo exige uma forma, mas a forma não pode desconsiderar a individualidade sem que seja uma exigência injusta e desumana.



Os ritmos são diferentes por serem individuais. No processo pedagógico, das injustiças, talvez a mais cruel seja a desconsideração do ritmo de cada aluno, não somente no aspecto psicomotor, mas a tudo o que diz respeito aos movimentos da interioridade de cada um. Nunca poderemos esquecer que é a interação entre os ritmos individuais que constrói a teia das relações interpessoais.



Impulsividade



Vinculada ao temperamento pessoal e às aprendizagens, a impulsividade tem abortado muitos projetos educativos. Há coisas que, apesar de serem permitidas pela lei, não poderemos fazê-las se não têm validade ética para nós. Outras coisas há que não deverei fazê-las, porque depois de fazê-las não mais terei condição de viver em harmonia comigo mesmo.



Autoridade



Força e poder não são a mesma coisa. Às vezes a força pode, mas o poder não deve e não pode. É por isso que a autoridade está ligada ao ser e não ao ter. Ser autoridade suplanta o ter autoridade.

A grande angústia do educador é perceber que, às vezes, o eu-quero está separado do eu-posso. Este é o nosso limite, que mostra os contornos de nossa humanidade.

Nada mais apropriado do que concluir com uma observação de H. Arendt: “À medida que os pais e os professores falham como autoridade, a criança se ajustará mais fortemente ao seu próprio grupo e em certas condições o grupo de pares se tornará a sua suprema autoridade” (ARENDT, Responsabilidade e julgamento, p. 281).



Enfim, quando consideramos a relação professor-aluno do ponto de vista da aprendizagem, em função da personalidade do professor, concluímos que aprendemos melhor quando admiramos quem ensina.

Retirado em: www.luizschettini.psc.br/noticias2.asp?codigo=25 em:18/08/2010





    Ao longo de minha trajetória profissional,poucas foram as oportunidades de reflexão tão valorosa com abordagens filosóficas e metodológicas;à luz de análises do processo de personalização do professor.Tais estudos, apenas me conferem a certeza de que , epistemologicamente, o objetivo maior do connhecimento científico reside em orientar ações humanas transformadoras da realidade,e, sendo dessa forma,não poderia deixar de mencionar tamanho potencial educativo qualificador do trabalho conferido pelo Professor Luiz Schettini, no Colégio Diocesano de Garanhuns.Ao passo que agradeço ao diretor da referida Instituição a oportunidade de tão rico momento.

Um comentário:

  1. tia gg
    gostei bastante do seu blog
    quero que passe la no meu
    deusestaconvosco.blogspot.com
    ainda estou adicionando coisa
    assenhora vai gostar
    te amo
    viviane

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